Isso me interessa!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

P.H...o dentista do horror!!!

Semana passada estive no dentista, saí de lá chateada, mas como minha colega tem o costume de dizer que tenho mania de perseguição não dei tanto crédito a situação que tinha ocorrido.
Já faz algum tempo que não vou a um dentista, mudança para lá mudança para cá, acarreta nisso, mas nunca tive problemas ou traumas quanto a isso, sempre que é necessário estou lá, tranquila e corajosa.
Bom, como estava dizendo, semana passada cheguei ao dentista, que vou intitulá-lo de P.H.


-Bom dia Doutor.
-Bom dia Josane. Pode se sentar naquela outra cadeira. Você sente dor nesse dente Josane?
-Já senti doutor, hoje não mais.
-Mas você pretende colocar aparelho? Porque se for colocar é um dos dentes que extrai, ele é canal, assim você se livra de dois transtornos.
-Tenho pretensão sim doutor, mas não por agora.


E assim ele começou o tratamento de canal, ele pegou um aparelho pontiagudo e adentrou no meu dente, fui no céu e voltei de dor, na mesma hora ele se irritou quando pedi para que colocasse anestesia.


-Oh doutor vir em dentista é chato.
-Mas não é obrigado não.


Nessa hora fiquei desconcertada, eu tentando descontrair o ambiente e recebo uma resposta dessa.
A maquininha começou seu serviço zzzzzzzzzz.
Depois que conclui a primeira etapa do tratamento, ele se levantou, sentou na mesa dele e se manteve calado, mas antes fazendo piada perguntou:


-Você consegue ficar de pé?
-Porque?
- ........


Depois me sentei na cadeira em frente a mesa dele, ele me olhou como que dizia, o que você ainda faz aqui? Eu perguntei:


-Mais alguma coisa doutor?
-Não, pode ir.


Saí, sem qualquer recomendação ou receita anti-inflamatória e marquei um horário para essa semana. Depois que a anestesia foi passando senti muita dor, e nada podia tocar em meu dente que ia no céu e voltava, eu diria no inferno, porque era uma dor insuportável.
Hoje voltei lá, já com medo, sentimento que nunca senti perante a um dentista, mas se tratando de P.H, isso foi muito possível. Entrei:

-Bom dia doutor.
-Bom dia.
-Oh doutor depois que saí daqui semana passada senti muita dor, é normal?
-É sim.

E lá veio ele com a maquininha de novo, sem anestesia, sabendo o que ia acontecer, pedi que parasse e colocasse a anestesia.

-Já que é assim, levante e vá embora
-Mas doutor...
-Você pode deixar eu tentar?
-Mas é que..
Ignorando meu medo, e minha possível dor.
-zzzzzzzz
-" está doendo, está doendo, está doendo"

Pronto, ele colocou a anestesia, junto com o medo da postura do profissional, se é que pode chamá-lo assim, e com a imensa dor de uma anestesia que nunca havia sentido antes.
E ele cantava:

-"A gente vai fazer um carnaval com alegria amor sem fim, oh meu anjo bom quero você perto de mim...".

Ao mesmo tempo que me tortura, cantava e ainda perguntava a sua auxiliar por uma amiga dela, se ia para alguma festa "brau" pela cidade.
Saí de lá arrasada, aos prantos, querendo só minha casa para poder chorar em paz, porque nunca ví tanta irresponsabilidade com o sentimento e a dor dos outros. Como alguém pode se comprometer a trabalhar com doentes com uma postura dessa? com tanta grosseria? É uma coisa que não entendo...
Minha amiga falou para eu processar, mas minha missão para a melhoria da profissionalização odontológica será outra, P.H que me aguarde.
Nunca mais volto lá.....
Abraços a todos, boa noite.