Isso me interessa!

domingo, 31 de março de 2013

Meu determinismo pseudo intelectual

O mais interessante é que o Estado cria marginais para depois puni-los e tem um monte de pseudo intelectual que compartilha essa superficialidade e nem percebe. Por isso que eu não julgo algumas pessoas que se comportam de determinadas formas, que se vestem com determinadas roupas, fazem determinadas dancinhas ditas "baixo-astral", mas não é porque sou melhor que ninguém não, é porque eu transfiro esse meu poder tão crítico de Cezar para os pseudos intelectuais que podem ditar as regras da sociedade, dizer o que alguns Miseráveis podem falar, escrever, ler ou como se comportarem. Acredito que seja muito fácil sentar confortavelmente em sua poltrona  enquanto o mundo gira e ficar lá apontando o dedo para as pessoas que não tiveram a mesma oportunidade de vida que você (se é que elas querem ter, né?!). Ah, mas não tiveram porque não lutaram para ter. É mesmo?! Logo destoo o meu julgamento maldoso tanto quanto o seu: você que pensa assim é um fascistinha de araque, viu?! Ou pior (para você) é um ignorante que não consegue perceber as nuances da qual nossa sociedade vem sendo formada. 
OK OK! Eu também não gosto das letras de pagode e nem de funk, apesar de considerar que a batida desses ritmos é ótima. Mas eu não julgo as pessoas que assim o fazem, eu não pego uma imagem de pessoas com baixo ou quase nenhum poder aquisitivo, normalmente negras e compartilho com o mundo como se aquela "verdade" impregnada de símbolos preconceituosos fosse a única. Ao fim e ao cabo, você pseudo intelectual que costuma ler Tolstói numa tarde de domingo, não é melhor que a funkeira que dança seu som preferido como se não houvesse amanhã, a diferença é que ela vive e nem sabe que  você existe, enquanto que você já tem uma tese mental quase pronta sobre ela.....

domingo, 24 de março de 2013

Os males que nos ganham....



Com lágrimas nos olhos, eu quero revelar uma coisa boa que Marco Feliciano trouxe para mim. Ele me trouxe um sentimento bom, o sentimento de perceber que nós brasileiros ainda lutamos, ainda acreditamos e ainda exercitamos o respeito acima de qualquer dogma. Ao ver todas as manifestações em prol de um ministro que de fato nos represente, me represente enquanto negra, represente meus amigos gays, minha família de origem humilde, faz com que eu esqueça a inveja eu eu senti quando cheguei a Buenos Aires e via manifestação noite e dia contra as opressões que os governantes exerciam sobre aquele povo. Lembro-me bem de sentar na Plaza de Mayo vendo estudantes secundaristas lutando pelos seus direitos, enquanto que aqui no Brasil, na Bahia postergava por três meses uma greve de professores do estado, naquele momento eu senti vergonha de ser brasileira e baiana, porque ao contrário de lá, a greve daqui era considerada uma banalidade desnecessária. Desde esse dia eu comecei a ter uma vontade imensurável de conhecer Brasília, a capital do meu país, onde os nossos representantes estão abusando do seus estatos para nos oprimir e se enriquecerem. É isso, pra frente Brasil!

Elza você me representa:

http://www.youtube.com/watch?v=Sh_SpKDoOH0