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domingo, 14 de junho de 2009

Ao meu eterno melhor amigo - Pinguim

Assistindo Marley e Eu, parei para relembrar o que foi minha vida ao lado do meu cachorro, quantas alegrias e emoções ele me proporcionou e como sua perda me marcou, porque em 22 anos de existência foi a perda mais dolorosa que tive, já perdi um primo e um tio. Meu primo desde que o conheci, era doente, não falava e nem se movimentava, chorei muito, mas não dói mais, e meu tio foi o ano passado, mas como já fazia muito tempo que a gente não se via, foi mais fácil também, doeu muito, porque fez parte da minha infância e lembro que ia para casa dele, subia nas árvores, comia pinha, uma das frutas que mais gosto, e sempre quando como essa fruta relembro essa época muito alegre da minha vida. Com Pinguim eu sofri como se perdesse uma pessoa de verdade, era o que ele era para minha família, até agora escrevendo me pego chorando ao lembrar de como ele era esperto, de como ele fazia para roubar a carne de sol de minha mãe, como batia na porta ao chegar da rua, como encantava a todos nós. Seu nome quem deu foi meu irmão Nilson, porque ele era todo preto e tinha a parte do peito-barriga branco, seu pêlo brilhava, seus olhos tinha um ar tão amoroso quase que humano, mas como muita ternura e inocência.
Tento não pensar no dia em que ele se foi, foi tão extraordinário porque ele nunca rejeitava comida, e exatamente nesse dia eu coloquei a comida dele antes de almoçar e ele se quer a tocou , achei estranho e ele estava com um olhar triste, e comecei a cantar para ele: "Amor da minha vida daqui até a eternidade, nossos caminhos foram traçados na maternidade", ele me olhou, como se entendesse o que eu estava falando, e depois que saí de perto dele, ele começou a ter convulsões e latir desordenadamente, comecei a gritar sem entender porque já sentia aquela dor, e a vizinha veio correndo porque pensava que acontecia algo com minha mãe. Foi um dia triste para todos, trancamos ele no quintal, porque ele poderia estar com raiva, e eu não conseguia parar de chorar, e até meu irmão que nunca vi chorar, nesse dia chorou.
Depois dele, não criei mais cachorro, ou qualquer outro bicho de estimação, e realmente tenho medo de criar, me apegar e sofrer uma outra perda como foi a de Pinguim. Penso que os cachorros são como experiências para ter filhos, a diferença é que na maioria dos casos, são os pais que morrem primeiro, evita a responsabilidade da dor. Já com os cães, seu tempo de vida é mais curto, varia em algumas raças. O meu morreu com 7 anos de idade, foi vítima de alguém muito perverso que teve coragem de colocar veneno para ele comer, um crime imperdoável.
Escrever é uma forma de desabafar, e ao mesmo tempo sinto que é inexplicável a dor da perda do que gostamos.
Pinguim, A Família Silva te ama muito.
Beijos chorosos e saudosos ao meu eterno melhor amigo, insubstituível - Pinguim.

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