Isso me interessa!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O Sul/Sudeste e o Norte/Nordeste pós eleições...

Quando as eleições acabam, sempre há pessoas felizes porque o candidato que escolheram venceu, e pessoas tristes porque seu candidato não foi eleito. Não dá mesmo para agradar gregos e troianos, e muito menos nordestinos/nortistas e sulistas, uma vez que é percebido uma forte discrepância entre estas regiões. Mas uma coisa que me chamou a atenção, foi uma reportagem que eu li no www.glabo.com (Não confio muito nas informações, mas pude comprovar a veracidade depois), onde dizia que “alguns” sulistas estavam culpando os nordestinos e as pessoas do norte por terem elegido a presidenta Dilma Russef, e em especial havia um “twiteiro” denominado de @vovo_panico, que segundo a mesma reportagem dizia que é o humorista do programa Pânico na Tv, e dizia o seguinte : “Gente, o que nois do Sul/Sudeste estamos fazendo no twitter ? vamos trabalhar pra sustentar mais 4 anos de Bolsa Família do Norte/Nordeste”. Bom, esse discurso é de uma imbecilidade profunda, uma vez que nós nordestinos trabalhamos e não são todos que dependem de bolsa família, e antes mesmo de falar mal de qualquer programa seria sensato procurar saber se duas regiões são capazes mesmo de eleger algum candidato, e ainda que seja, é bom que exercite o respeito, uma vez que “tentamos” viver em uma democracia.
Houve algumas manifestações a cerca dessa polémica, uma guerra de discursos defensores e acusadores, onde muitos nordestinos e nortistas estavam revoltados, e com razão, afinal fomos alvo mais uma vez de uma discriminação lastimável, já que o termo preconceito nem cabe mais na questão. Alguns diziam que era para excluir o tal twitter da @vovo_panico (Acho que o Ministério Público deve averiguar isso, e tomar as decisões legais), e outros defendiam, dizendo que era liberdade de expressão, e agora eu questiono: Desde quando discriminar uma região é liberdade de expressão? Por acaso nos nordestinos e nortistas não trabalhamos, não ajudamos na economia do país, não contribuímos com tudo de bom que realmente temos? Ate parece que sentamos em um boteco o dia todo nas praias tomando uma cerveja e comendo uma acarajé, nossa região é muito mais que isso.
Mas essa ideia de que não trabalhamos, não fazemos nada é alimentado ate mesmo pelas “grandes”(merdas) redes de televisão, um exemplo é a imagem de nós baianos, que todo ano o Sr. Jornalista Willian Bonner aparece no JN, com aquele discurso: “Ainda é carnaval em Salvador”, carnaval para quem? Para os sulistas não é? Uma vez que a maioria dos baianos estão trabalhando para servi-los, segurando as cordas dos blocos como Camaleão, Coruja, e afins, que nem é preciso citar os valores exorbitantes de seus abadás. Dessa forma, considero uma hipocrisia tamanha, essa mídia deslavada ficar disseminando por ai que nós não trabalhamos, e não estamos contribuindo em nada, e que vão ter que nos sustentar por mais 4(quatro) anos, porque com o bolsa família a gente consegue fazer tudo que eles fazem, inclusive pular ao som do chicletão no bloco camaleão.
E como ficou comprovado depois, segundo os dados eleitorais: (http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/11/mesmo-sem-os-eleitores-do-norte-e-do-nordeste-dilma-venceria-serra.html)
A presidenta Dilma Russef seria elegida mesmo sem os votos do Nordeste/Norte, então “engulam” essa “bando” de discriminadores. E só mais uma coisa, não serão os nossos estados que vão ter o Sr. Deputado Tiririca (caso ele consiga provar que sabe ler e escrever) por 4 (anos), eleito por mais de 1 milhão de sulistas, pois estamos muito satisfeitos com o bolsa família. É uma nordestina que vos fala, meu muito obrigada!

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O insustentável preconceito do ser!

Bom, resolvi postar um texto que não é de minha autoria e sim da minha conterrânea baiana Rosana Jatobá, jornalista por quem tenho grande admiração, e como pude perceber o título do seu texto é proveniente de um livro que amo "A insustentável leveza do ser" de Millan Kundera.

Jornalista Rosana Jatobá - O insustentável preconceito do ser!

Em Debate

Era o admirável mundo novo! Recém-chegada de Salvador vinha a convite de uma emissora de TV, para a qual já trabalhava como repórter. Solícitos, os colegas da redação paulistana se empenhavam em promover e indicar os melhores programas de lazer e cultura, onde eu abastecia a alma de prazer e o intelecto de novos conhecimentos.

Era o admirável mundo civilizado! Mentes abertas com alto nível de educação formal. No entanto, logo percebi o ruído no discurso:

- Recomendo um passeio pelo nosso "Central Park", disse um repórter. Mas evite ir ao Ibirapuera nos domingos, porque é uma baianada só!

- Então estarei em casa, repliquei ironicamente.

- Ai, desculpa, não quis te ofender. É força de expressão. Tô falando de um tipo de gente.

- A gente que ajudou a construir as ruas e pontes, e a levantar os prédios da capital paulista?

- Sim, quer dizer, não! Me refiro às pessoas mal-educadas, que falam alto e fazem "farofa" no parque.

- Desculpe, mas outro dia vi um paulistano que, silenciosamente, abriu a janela do carro e atirou uma caixa de sapatos.

- Não me leve a mal, não tenho preconceitos contra os baianos. Aliás, adoro a sua terra, seu jeito de falar...

De fato, percebo que não existe a intenção de magoar. São palavras ou expressões que, de tão arraigadas, passam despercebidas, mas carregam o flagelo do preconceito. Preconceito velado, o que é pior, porque não mostra a cara, não se assume como tal. Difícil combater um inimigo disfarçado.

Descobri que no Rio de Janeiro, a pecha recai sobre os "Paraíba", que, aliás, podem ser qualquer nordestino. Com ou sem a "Cabeça chata", outra denominação usada no Sudeste para quem nasce no Nordeste.

Na Bahia, a herança escravocrata até hoje reproduz gestos e palavras que segregam. Já testemunhei pessoas esfregando o dedo indicador no braço, para se referir a um negro, como se a cor do sujeito explicasse uma atitude censurável.

Numa das conversas que tive com a jornalista Miriam Leitão, ela comentava:

- O Brasil gosta de se imaginar como uma democracia racial, mas isso é uma ilusão. Nós temos uma marcha de carnaval, feita há 40 anos, cantada até hoje. E ela é terrível. Os brancos nunca pensam no que estão cantando. A letra diz o seguinte:

"O teu cabelo não nega, mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega, mulata
Mulata, quero o teu amor".

"É ofensivo", diz Miriam. Como a cor de alguém poderia contaminar, como se fosse doença? E as pessoas nunca percebem. A expressão "pé na cozinha", para designar a ascendência africana, é a mais comum de todas, e também dita sem o menor constrangimento. É o retorno à mentalidade escravocrata, reproduzindo as mazelas da senzala.

O cronista Rubem Alves publicou esta semana na Folha de São Paulo um artigo no qual ressalta:
"Palavras não são inocentes, elas são armas que os poderosos usam para ferir e dominar os fracos. Os brancos norte-americanos inventaram a palavra 'niger' para humilhar os negros. Criaram uma brincadeira que tinha um versinho assim: 'Eeny, meeny, miny, moe, catch a niger by the toe'...que quer dizer, agarre um crioulo pelo dedão do pé (aqui no Brasil, quando se quer diminuir um negro, usa-se a palavra crioulo).

Em denúncia a esse uso ofensivo da palavra, os negros cunharam o slogan 'black is beautiful'. Daí surgiu a linguagem politicamente correta. A regra fundamental dessa linguagem é nunca usar uma palavra que humilhe, discrimine ou zombe de alguém".

Será que na era Obama vão inventar "Pé na Presidência", para se referir aos negros e mulatos americanos de hoje?

A origem social é outro fator que gera comentários tidos como "inofensivos" , mas cruéis. A Nação que deveria se orgulhar de sua mobilidade social, é a mesma que o picha o próprio Presidente de torneiro mecânico, semi-analfabeto. Com relação aos empregados domésticos, já cheguei a ouvir:

- A minha "criadagem" não entra pelo elevador social!

E a complacência com relação aos chamamentos, insultos, por vezes humilhantes, dirigidos aos homossexuais ? Os termos bicha, bichona, frutinha, biba, "viado", maricona, boiola e uma infinidade de apelidos, despertam risadas. Quem se importa com o potencial ofensivo?

Mulher é rainha no dia oito de março. Quando se atreve a encarar o trânsito, e desagrada o código masculino, ouve frequentemente:

- Só podia ser mulher! Ei, dona Maria, seu lugar é no tanque!

Dependendo do tom do cabelo, demonstrações de desinformação ou falta de inteligência, são imediatamente imputadas a um certo tipo feminino:

-Só podia ser loira!

Se a forma de administrar o próprio dinheiro é poupar muito e gastar pouco:

- Só podia ser judeu!

A mesma superficialidade em abordar as características de um povo se aplica aos árabes. Aqui, todos eles viram turcos. Quem acumula quilos extras é motivo de chacota do tipo: rolha de poço, polpeta, almôndega, baleia ...

Gosto muito do provérbio bíblico, legado do Cristianismo: "O mal não é o que entra, mas o que sai da boca do homem". Invoco também a doutrina da Física Quântica, que confere às palavras o poder de ratificar ou transformar a realidade. São partículas de energia tecendo as teias do comportamento humano.

A liberdade de escolha e a tolerância das diferenças resumem o Princípio da Igualdade, sem o qual nenhuma sociedade pode ser Sustentável. O preconceito nas entrelinhas é perigoso, porque , em doses homeopáticas, reforça os estigmas e aprofunda os abismos entre os cidadãos. Revela a ignorancia e alimenta o monstro da maldade. Até que um dia um trabalhador perde o emprego, se torna um alcóolatra, passa a viver nas ruas e amanhece carbonizado:

- Só podia ser mendigo!

No outro dia, o motim toma conta da prisão, a polícia invade, mata 111 detentos, e nem a canção do Caetano Veloso é capaz de comover:

- Só podia ser bandido!

Somos nós os responsáveis pela construção do ideal de civilidade aqui em São Paulo, no Rio, na Bahia, em qualquer lugar do mundo. É a consciência do valor de cada pessoa que eleva a raça humana e aflora o que temos de melhor para dizer uns aos outros.

PS: Fui ao Ibirapuera num domingo e encontrei vários conterrâneos...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os males da internet!

Há algum tempo eu queria escrever algo sobre o twitter, mas estava faltando criatividade, acho que devido a própria falta de criatividade do mesmo. Tudo bem, mesmo falando mal ou bem, eu tenho twitter, é que para criticar eu tenho que saber como é, pois então eu não teria embasamento para isso. O fato é que a internet tomou conta das nossas vidas. Alguém ai já parou para observar alguém em momento de ócio em frente ao computador? A tela que ela visualiza tem vida própria, pois com isso essa pessoa rir, chora, faz careta, xinga, faz tudo...ate mesmo outras “cositas” que aconselho vocês não observá-la fazendo, ou o faça, você é quem sabe.
Bom, a maioria das pessoas acaba se tornando alienadas, primeiro pela invenção da televisão que rapidamente se tornou de fácil acesso a todos, e agora a internet que pode incluir tudo em um mesmo pacote. E de todas a novidades referente a internet , as redes sociais é quem mais tem audiência, e creio que o twitter é a criação mais recente e que caiu no gosto do povo, eu particularmente não vejo muita graça. Apesar de ser adepta, ficar escrevendo 140 caracteres, na maioria sem nenhuma criatividade, como por exemplo: "Estou indo tomar banho", E daí? Quem quer saber que você do outro lado da tela que nem fede e nem cheira (literalmente), está sujo? Ou então: "Saindo aqui, vou comer", que interessante! E ainda tem aquelas pessoas que utilizam internet pelo celular e sai para uma balada e no meio da festa twitta :"que festa chata" ou então "a cachaça aqui tá correndo solta", cachaça corre? Eu não sei. E tem ainda a garotinha que vai ao shopping, e está no meio da sessão de cinema: "Tô no cine, que filme bom", esquecem das boas maneiras, que é desligar o celular quando se está no cinema.
Tudo isso é só para demonstrar como a nova sociedade se porta, já que de fato as pessoas em sua maioria não se divertem, pois a diversão é ficar dando satisfação aos seguidores do twitter onde quer que esteja. Chega a ser enfadonho pensar que uma pessoa está em um show de uma banda maravilhosa e consegue pensar em mandar uma mensagem tosca, sem muito nexo, em vez de curtir as companhias de verdade, de carne e osso, os cheiros, tudo que a tela do nosso computador não nos permite, só permite imaginar, mas acredito que fazer é melhor que imaginar. Acho que todo mundo concorda. No entanto pessoas podem falar, "mas você não tem twitter?", e eu vos respondo, "tenho". E vou explicar o porquê, primeiro fiz por curiosidade, todo mundo falava, eu queria saber como funcionava, ate perceber que não tem muita eficiência, a não ser quando há muito humor, tem gente lá que me faz rir por alguns minutos, então é isso que ainda me faz visitar vez ou outra aquele "sitiozinho" sem graça.
Enfim, como algumas pessoas me aconselharam em uma comunidade que está rolando uma polêmica sobre meu blog, vou fazer um twitter para divulgá-lo também, pelo menos para isso vai servir...porque é aquela história "Não tenho paciência para televisão, eu não sou audiência para a solidão, não sou de ninguém”....muito menos do twitter.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Qual o compromisso da mídia com a verdade (Caso Neymar)?

Como amante do futebol não poderia deixar de comentar o episódio Neymar, já que gosto de acompanhar o que acontece no mundo, desde assuntos mais sérios a entretenimento, e percebendo que a mídia tem perdido credibilidade por nem sempre agir de boa fé, resolvi dar minha opinião aos caros leitores . Vendo o noticiário não me surpreendi nem um pouco com o fato ocorrido no jogo do Santos contra o Ceará, onde o nosso garoto prodígio, nosso novo fenômeno se mostrou mal educado e arrogante, o que ficou comprovado com o seu pedido de desculpas depois:
http://www.youtube.com/watch?v=OTQi0iygdRA
Diante desse fato, vem muitas vertentes: O papel do jogador de futebol; o pepel da mídia e o reflexo disso na sociedade. Bem, há quem ache que o papel do jogador, seja meramente jogar bem, fazer muitos gols e elevar o time, eu particularmente vou além, ele também tem um papel social, que acredito que seja de maior importância, já que aqui no Brasil, o futebol é o setor de maior referência social e cultural, e onde muitas crianças, em sua maioria pobres, sonham em mudar seu futuro através da bola (aconselho ir estudar). Por isso para ser um bom jogador de futebol, o pretendente tem que levar em conta que seu papel é muito mais que isso, e se ele não for um bom exemplo, vai influenciar muitos iniciantes a uma vida sem limites e sem respeito a si e ao próximo. O "garoto" Neymar é só mais uma vítima da fama, do dinheiro e do poder, e falo isso porque sempre ouvia das pessoas mais vividas - “quer saber quem é fulano? Dê poder a ele" -, e de certa forma é verdade, pois algumas pessoas com poder nas mãos, com uma dose de má formação na educação e um pouco de imaturidade, é bem possível que não dê coisa que preste, no entanto acredito que não seja o caso do nosso prodígio, que pediu desculpas e me pareceu sinceras, e tem por trás uma família que ele respeita e quer que tenha orgulho dele, logo existe limite. Assim fica mais fácil acreditar em regeneração, e quem sabe deleitar ainda mais com o seu futebol, que cá entre nós, não vejo nenhum outro jogador fazer melhor.
Partindo desse ponto de vista, temos a mídia que é um canal responsável para nos fornecer informações de qualidade e verídicas, para nos deixar a par do que ocorre no mundo, e que é de suma importância, uma vez que na atualidade se torna impossível e de um aborrecimento inestimável viver sem ela, apesar que isso não é doação, pagamos por isso, e muito bem. Dessa forma aproveitando da nossa necessidade de conexão com os acontecimentos, a mídia explora de forma demasiada os seres ou situações que são notícias, sem levar em consideração seu real compromisso com a ética e a moral na sociedade, pois ela também é formadora de opinião, se não a principal. Mas diante disso me divirto questionando o que será que é verdade ou mentira, pois não dou credibilidade devida a este setor, onde quase sempre vejo como programa humorístico. Para algumas empresas ganhar dinheiro é mais importante do que o que se diz, sujando a imagem de outras que fazem jornalismo de verdade, em tese não conheço nenhuma, mas se alguém souber, pode comentar logo abaixo que vou agradecer por sanar minha pobre ignorância.
Bem, analisando aqui no texto, a notícia e o noticiado, podemos dizer que foi “um prato cheio” para a mídia carniceira, já que na minha humilde opinião o Neymar tinha direito de bater aquele pênalti(http://www.youtube.com/watch?v=PlVAZJP3SVE&feature=related), já estava estressado porque estava sendo perseguido todo o jogo e afinal também não é fácil ser o “bam-bam” do futebol no momento, e como disse seu próprio pai para um jornal, - “é um peso muito grande nos ombros dele” -. Acredito que tudo isso poderia ter sido resolvido nos bastidores, mas ficou para nós a missão de ver e criticar, eu prefiro ver dos dois lados, e jogar no ralo o que não acho válido. Ou posso estar enganada, e entender que o que é notícia internacional, de fato merece mais atenção.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A elitização do professor nas universidades!

Dias atrás conversando com um professor, e com quem faço atualmente um trabalho temporário, ele me disse que não pretendia mais ensinar, que é estressante, e me deu vários argumentos. E nisso eu senti orgulho de mim mesma ao dizer que eu quero ensinar, que na verdade era a única vocação que tinha, porque nenhum outro trabalho me causava a sensação de realmente estar fazendo a diferença, mas que eu queria ensinar em universidade. Bom, refletindo sobre isso, comecei a perceber o quanto eu não sou diferente de ninguém, porque na verdade ensinar em faculdade é fácil. Você só precisa terminar a graduação com um mínimo de neurônio, depois fazer uma pós graduação, o que às vezes algumas faculdades, inclusive públicas aceitam formação em latu sensu - especialização, aperfeiçoamento, com duração de 18 meses e o estudante recebe certificado - , se tiver formação em scricto sensu - mestrado, com duração em média de 24 meses, e o estudante recebe diploma -, melhor ainda.....é preferível ser diplomado em algo, do que só ter uma mera certificação. Mas voltando, já estou na graduação, não falta muito para terminar, já tenho meu tema de monografia e a linha que quero seguir na pós graduação, que com um pouco de esforço e inteligência vai ser mestrado em Linguística Aplicada, ate ai não vejo muita dificuldade, porque estudar o que se gosta e se identifica não é muito complicado.
Mas um questionamento ficou em mim: "Você não está estudando para ser professor?” Sim. “E porque não quer ensinar em escola pública?” Bom, para essa pergunta tenho muitas respostas, respostas ate com um alto teor de argumentação. Como por exemplo: "Porque não quero estudar quatro anos para ganhar menos de um salário mínimo para ensinar 20 horas semanais", "Porque em escola pública não temos o reconhecimento positivo do nosso trabalho, o que não nos ajuda a querer seguir", "Porque você não sente que faz a diferença, já que muitos colegas fazem questão de te atrapalhar, e nessa situação uma andorinha só não faz verão", "Porque a maioria dos alunos parecem que não tem família, e você acaba sendo tudo para eles, e isso é muita responsabilidade, pois o professor não pode ser o único responsável pela educação deste país", "Porque quase todos os alunos perderam o respeito pelos professores, e é difícil construir uma rede de conhecimento sem respeito", "porque não existe política governamental para a melhoria do reconhecimento intelectual e salarial do trabalho do professor que realmente funcione, ou pelo menos desconheço". Ótimo, tenho mais argumentos, mas esses bastam para a compreensão de todos nesse quesito.
Então, por que ser professor de universidade? Para mim, porque vou ter reconhecimento pelo o que faço, isso é o principal. Porque vou ganhar bem mais pelo meus serviços prestados a sociedade. Posso ser uma sonhadora, mas não sou néscia, e sei que dinheiro ajuda muito a nossa a vida, pois sou pobre e venho de família pobre, e inclusive se eu quiser ajudar a vida dos outros que me cercam, eu preciso de dinheiro. E é melhor ser um professor influente e com ideias promissoras, do que um professor pobre com estas mesmas ideias, assim a situação se torna menos complicada. Sendo professora de universidade pretendo elaborar projetos de pesquisas de como melhorar a condição do profissional de educação, para que daqui uns anos nossos futuros educadores, diferente de mim, não vejam problemas em ensinar seja onde for, desde que façam o que gostam - educar!
São ideias egoístas da minha parte, porém com embasamento sócio cultural, e além do mais a culpa não é minha, é de todos nós, e do nosso governo, que faz questão cada dia mais de reciclar cidadãos incapazes de pensar, refletir e atuar criticamente na sociedade. E Apesar da educação ser o principal meio para o progresso de uma cultura, não vai ser trabalhando “escravamente”, sem respeito, que vou fazer a diferença. Farei a diferença, quando me construir de maneira diferente, e o caminho é longo...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A vida também pode ser tediosa...

Tenho estado preocupada com meus pensamentos, pensamentos que sempre existiram, mas tem momentos que ficam mais fortes, em maior evidência. Penso, o que fazemos aqui nesse mundo? Não sei, há quem diga que devemos aproveitar o hoje como se fosse o último dia de nossas vidas, mas que diferença faz se não aproveitarmos? Alguém já morreu e veio nos contar o quanto enfadonho é perceber que o dia "15 de julho" não foi vivido intensamente quando estava na terra? Não, não veio. Então penso, quero concluir meu curso - que é uma coisa que me da prazer -, fazer meu mestrado, depois doutorado, e ainda se me sobrar vontade um pós-doutorado, e nesse meio tempo, comprar meu apartamento, um bom apartamento, um carro, viajar muito, quem sabe casar, e ter filhos - apesar que não tenho pensado muito em ter filhos, não é um dos meus grandes sonhos no momento. Tudo bem, eu sei, quem lê isso daqui pode pensar, "essa garota está pensando em suicídio", mas não é não, você vê o mundo tão perdido, as pessoas tão mesquinhas, tão desumanas, que você ser boazinha ou não é balela, você simplesmente, por mais boa que seja, não faz diferença na sociedade.
Meu boa noite a todos e espero que vocês tenham aproveitado o dia de hoje como se fosse o último! rs

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

RACISMO SEM MÁSCARA

Gente, depois de muito tempo volto a este blog para falar de uma coisa que me assustou absurdamente, sabemos que racismo existe, mas sabemos também que as pessoas fazem questão de camuflar, de serem politicamente corretas, mas não foi o que ocorreu na comunidade da banda Los Hermanos, e fiz questão de copiar os comentários tal como estavam postados lá. O usuário Rodrigo, que diz trabalhar na DASLU, pergunta às pessoas porque não existem atendentes negras na loja. Realmente quando li o tópico, achei sem sentido – já que a comunidade é para discutir assuntos a cerca da banda-, porem mais sem sentido foi as respostas que os outros usuários deram a esta pergunta, de uma amplitude racista repugnante. Para que vocês possam ver a veracidade do que vos digo, podem acessar a página que consta estas informações:

http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=44460&tid=5506385886321838438&na=1&nst=1

Obs: Só pode ser visto por usuários do orkut.

Segue abaixo os comentários que considerei de maior relevância:

17 ago (6 dias atrás)
Rodrigo
Não existem vendedoras negras na Daslu??
um fato curioso que notei nesses 5 meses que trabalhei na daslu é que não existem negras vendedoras . por que?

Sr e Srª Gavioli
pq elas estão na daspunta del'este

Matheus
Porque a cada 4 horas um jovem negro morre violentamente em São Paulo.

João Pedro
pq cota pra negros é só nas universidades publicas

Marlando Marinho
tanto faz cara

o negro o branco
o gordo o magro
o feio o bonito
o rico o pobre

tudo tem o mesmo fim, então que se foda.

Lucas Nash
"Por que a gente do Brasil é muita burra, e não enxerga um palmo à sua frente." Gabriel, o pensador.

Caéle
pq a negrada não quer vender roupa fácil.
a polícia vai chegar na loja e vai culpar os negros, neguim tá ligado já.

Rodrigo
deputado plinio
tentou colocar uma lei onde obriga a ter 10 % de negros em publicidade e em lojas com o incentivo fiscal do governo.

Breno
art 5 inciso 42
a pratica do racismo constitui
crime inafianssavel e imprescritivel
na forma da lei


19 ago (4 dias atrás)
Natas Kaupa
Porque a Daslu é frequentada por médicos e como vimos em um tópico anterior não existem médicos negros logo os médicos branquinhos querem ser atendidos pelas vendedoras loririnhas cada um no seu quadrado loirinho com loirinha e pretinho com pretinha pra gente não ficar tendo cores novas o brasil não precisa mais disso já tem muita gente cafusa entendeu eu fiz um trocadilho confusa e cafusa hihihi mas então eu acho que tem que ser assim mesmo paulista tem que casar com paulista e os nordestinos cabeça chata tem que casa com as nordestinas cabeça chata só assim o brasil vai melhoraer voce não ve a dinamarca a suécia aqueles paises só tem gente da mesma cor por isso que eles são ricos e nós somos pobres eu deveria dizer que isso aqui é tudo brinks mas se eu disse que é brinks vai perder a graça por outro lado se eu não disser as pessoas horrorizadas vão achar que eu estou falando sério e eu não estou falando sério só estou de brinks mas aí eu fico nessa dúvida então melhor repetir tudo de novo afinal [...]

paty
tem sim
eu vi uma mulher limpando a vidraça e ela era negra.
cada uma que aparece
Tassio
Porque estão todas na gerência.
É isso.


Gente, comentem e passe estas informações adiante, precisamos combater atitudes como essa.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Passei muito tempo longe daqui, muitas vezes sentindo vontade de escrever algo novo, mas a preguiça me perseugue na escrita, e nos últimos tempos na leitura também. E fico pensando, como pode uma estudante de Letras ter dessas coisas? Mas tem, sou a prova "viva" disso.
Mas indo ao assunto que vir tratar aqui, vamos lá, em 5 semestres de faculdade, vou para uma final pela segunda vez, algumas pessoas falam, "mas são só duas vezes menina, deixa de drama", drama? Drama é o que vem pela frente,

terça-feira, 2 de março de 2010

Para falar a verdade, não gosto muito de poesia, poesias de verdade ate gosto, mas essas coisas que fazem por aí e acham que estão fazendo poesia me irrita. Odeio embromação por embromação, quando ficam dizendo porque o céu é azul, ou o mar é isso, ou aquilo. Gosto de coisas diretas, sem meias palavras, porque assim o tempo não se gasta tanto e o aproveitamos com conversas mais verdadeiras.
Faço Letras, e existe muito que estudar sobre poetas, poesias, e percebo que minha visão é sempre crítica, pouca vezes romântica, é