A Falácia Masculina do Homem “Pós-moderno”
Tem algum tempo que venho observando o comportamento
do homem “pós-moderno” a partir de alguns relacionamentos amorosos meus e de
minhas amigas. E cheguei à conclusão que a infelicidade tomou conta, não vejo nem
Maria e nem João satisfeitos, vejo sofreguidão e faz de conta, mas como não
quero concluir o meu pensamento na introdução, já que literariamente isso não é
corente, vou ser coesa com minha proposição ao estar aqui.
A modernidade é uma falácia, ela conseguiu extinguir
o que tinha de positivo nos homens das cavernas e manteve tudo que nós,
mulheres, repudiamos. Hoje em dia além de termos a obrigação de ser feminina,
temos também de ser masculinas, porque aquelas situações problemáticas de
relacionamentos que o homem alpha chegava e resolvia, agora somos nós que
resolvemos. O homem conseguiu ser antagonista de si mesmo, e nós, frustradamente,
estamos cada dia mais protagonistas do mundo de Alice, e pior, sem coelho e nem
cachola.
A música melódica que Paula Toller canta “Você me tem
fácil demais, mas não parece capaz, de cuidar do que possui,
você sorriu e me propôs, que eu te deixasse em paz, me disse vai,
e eu não fui”, representa
nada mais do que o homem que não sabe o que quer, porque não dá para
abandoná-lo com carinha de cachorro que se perdeu na mudança, infelizmente
aquele negócio de maternidade ainda nos sensibiliza e nos escraviza, mas a
culpa é nossa também, não isento ninguém da culpabilidade dos fracassos.
O que vejo muitas mulheres reclamando
hoje em dia é que foram educadas para lidar com um tipo de homem, e caiu de paraquedas
um homem “pós-moderno” na sua frente e agora tem que desconstruir toda uma vida
se quiser ser “feliz” numa relação amorosa monogâmica ou poligâmica, porque tem
estilo e gosto para todos, basta querer uma aventura entre o ser e o não ser.
Eu queria que a teoria
tão pregada por Stuart Hall ao afirmar que o sujeito moderno vive uma
descentralização de identidade não chegasse ao homem masculino, pois lidar com
anos de inúmeras repressões e ainda ter que pedir ao “alpha” para f...ou sair
de cima não foi o que nós sonhamos para o século 21.
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